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Ipea lança série sobre Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU; EPPGGs são autores

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) lançou, neste mês, a segunda edição dos Cadernos dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, série de estudos que traz diagnósticos e desafios do Brasil em relação ao cumprimento dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2015, cujo objetivo é alcançar medidas de crescimento sustentável até 2030. A temática deste segundo número é “Fome zero e agricultura sustentável”, e os autores são os EPPGGs Claudia Regina Baddini Curralero e Fábio Alves.

O estudo aborda o ODS 2, que é “Acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e melhoria da nutrição e promover a agricultura sustentável”. Para os autores, o tema é fundamental para o Brasil, “pois a fome e seu enfrentamento são questões antigas, sobretudo em função das desigualdades estruturais e dos níveis de pobreza existentes”.

Devido a isso, eles fazem um breve histórico das políticas nacionais de combate à fome no País, que iniciaram efetivamente apenas em 2003, com o Programa Fome Zero; e que enfrentaram, a partir de 2015, impactos e descontinuidades devido a crises econômicas e políticas. Apenas no ano passado o processo foi revertido: “A partir de 2023, iniciou-se um novo processo de reconstrução das políticas e dos programas de SAN [Segurança Alimentar e Nutricional] que existiam previamente”.

Neste cenário de construção tardia, desmonte e reconstrução de políticas públicas, os autores percebem que houve, de forma geral, retrocesso em parte dos temas relacionados às metas do ODS 2: “Nas metas relacionadas mais diretamente à SAN, houve retrocesso até 2022, com melhoria sendo observada nos índices de 2023. No entanto, nos indicadores de prevalência de atrasos no crescimento, baixo peso e sobrepeso em crianças com menos de 5 anos, observa-se piora em relação a 2016, embora deva-se ressaltar a ausência de dados mais recentes”, escrevem.

Além disso, seis indicadores – entre catorze propostos – não puderam ser calculados por dificuldades metodológicas ou inexistência dos dados. Leia o estudo na íntegra.


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