A gestora Lúcia Queiroz fala de sua experiência no Ministério da Saúde

Para a EPPGG e diretora do Departamento de Apoio à Descentralização, Lúcia de Fátima Nascimento de Queiroz, uma questão crítica para o Sistema Único de Saúde (SUS) é o grande desafio posto pela descentralização e regionalização.

Lúcia Queiroz também acredita que o trabalho do EPPGG qualifica os processos em que participa, o que ajuda a enfrentar os desafios colocados à Administração.

Como a senhora vê a carreira de EPPGG?

Acho que é uma carreira que agrega valor ao setor público do país e tenho expectativa de que possa continuar a se expandir e se consolidar no cenário institucional.

Qual a importância de seu trabalho enquanto gestor?

Há uma expectativa de que a atuação dos gestores seja no sentido de qualificar os processos dos quais participam, já que passaram por processos seletivos rigorosos e tiveram acesso a conteúdos formativos que não foram acessíveis a grande parte dos demais servidores. Assim, acho que a importância do trabalho do gestor é oferecer esta produção qualificada às instituições onde atuam.

Conte um pouco sobre sua trajetória como EPPGG.

Estou na carreira há quase dez anos, pois fui nomeada em janeiro de 2000. Desde então, atuo no Ministério da Saúde, já que minha formação de base é em medicina, com pós-graduação em Saúde Pública. Como eu tinha experiência institucional pública anterior, posso compará-la à experiência como gestora e afirmar que minha trajetória profissional após a inserção na carreira foi completamente diferente da anterior, tanto pela possibilidade de trabalho em rede, com os demais colegas da carreira, quanto pelas possibilidades de aperfeiçoamento que sugiram desde então. No meu caso especifico, pude contar com a confiança dos chefes que tive aqui no Ministério da Saúde, que me concederam a possibilidade de coordenar equipes e processos, o que tem se constituído como um desafio permanente.

Cite um desafio ou projeto relevante em que tenha se envolvido recentemente.

A participação no processo de qualificação da gestão do Ministério da Saúde, conduzido pela Secretaria Executiva do Ministério da Saúde, tem sido um processo interessante e relevante do qual participei recentemente.

Com relação aos desafios enfrentados pelo SUS, qual iniciativa atualmente em curso pelo Ministério da Saúde a senhora destacaria?

Tenho que enfatizar o grande desafio posto pela descentralização e regionalização, no sentido de criação de poder descentralizado nas esferas estadual e municipal. Esta é uma questão critica para o sistema e que está na atual agenda estratégica do ministro da saúde, sendo objeto de varias iniciativas, como por exemplo: expansão dos Colegiados de Gestão Regional e fortalecimento das Comissões Intergestores Bipartites e a Implantação de um Incentivo de Valorização da Gestão para as Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde.

Quais são suas perspectivas como gestor e para a carreira?

Gostaria de poder continuar me aperfeiçoando nos temas relacionados à consolidação dos direitos constitucionais à saúde e, ao mesmo tempo, ter a oportunidade de diversificar meu espaço de atuação.