No Globo Rural, EPPGG defende Nova Revolução Verde

Em artigo publicado no site do Globo Rural, o EPPGG Lucas Ramalho – diretor de Novas Economias da Secretaria de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) – discute o tema da neoindustrialização e uma “Nova Revolução Verde”.

Segundo o autor, a iminência climática e a necessidade de descarbonização dos processos produtivos criaram as condições para o surgimento de um fenômeno inédito no Brasil: “Estamos presenciando uma convergência sem precedentes entre a neoindustrialização e o surgimento do que pode ser uma Nova Revolução Verde. Essa sinergia não apenas aponta para um novo paradigma de desenvolvimento, mas também destaca a urgência de repensar nossos sistemas produtivos industriais e agrícolas, transformando-os em dois pilares essenciais para forjar um futuro sustentável”.

Com foco específico na transição energética e na promoção da bioindústria, Ramalho explica que a neoindustrialização busca impulsionar não apenas a indústria, mas também fortalecer a posição do Brasil em setores cruciais para sua soberania, como o de biocombustíveis e da bioquímica. Nesse sentido, é essencial reconhecer a interligação entre a agricultura e a emergente neoindustrialização: “Diante da crise climática e da devastação ambiental, é fundamental a criação de um novo paradigma agrícola e de um sistema produtivo capaz de regenerar ecossistemas e, ao mesmo tempo, produzir em abundância alimentos para as pessoas e matérias-primas para a indústria. Uma Nova Indústria demanda uma Nova Agricultura”, escreve.

“A indústria do futuro será verde, descarbonizada e altamente eficiente em termos energéticos, com grande participação da bioindústria na oferta de produtos limpos e de baixo carbono”, continua Ramalho. Por isso, em sua análise, para ser verdadeiramente sustentável, a biomassa utilizada pela indústria deverá ser produzida observando os princípios de uma Nova Agricultura, que seja capaz de oferecer os potenciais da bioeconomia na descarbonização produtiva, mas também de evitar a criação de desertos verdes nas paisagens rurais. “Essa Nova Agricultura precisa ser tão radicalmente transformada que não é exagero falar que precisamos de uma Nova Revolução Verde”, aponta.

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